Argel é o novo técnico do Internacional

Foto: Tomás Hammes/GloboEsporte.com
Uma nova era. Argel Fucks foi apresentado no final da manhã desta sexta-feira como novo técnico com o conhecido "sangue no olho". E disposto a transformar o Inter. Logo em suas primeiras respostas aos jornalistas, deu a entender que o grupo de Diego Aguirre trabalhava menos do que o ideal. Também deixou claro que o famoso rodízio do uruguaio caiu por terra. E terá em D'Alessandro, seu antigo desafeto após briga em 2010, num dos pilares na tentativa de reerguer a equipe.

Antes de começar a sua entrevista de quase uma hora na sala de imprensa do Beira-Rio, Argel recebeu do presidente Vitorio Piffero e do vice de futebol Carlos Pellegrini uma camiseta 3, número com o qual defendeu o Inter nos anos 1990 - estava no elenco campeão da Copa do Brasil de 1992 e conquistou ainda dois Gauchões. Disse dever tudo ao clube do coração. Por isso, quer recolocá-lo nos trilhos. 

- Há 25 dias, o Inter era o melhor time do Brasil. Aí você perde no México, o clássico Gre-Nal e ninguém presta? Esses jogadores têm qualidade. Ninguém desaprende a jogar futebol. Vamos resgatar esses jogadores. É o momento de blindar o vestiário e agregar todo mundo. Precisamos trabalhar um pouco mais, essa é a verdade. Temos que passar esse voto de carinho que o jogador precisa - afirmou o treinador. - Só qualidade técnica não ganha jogo. É preciso ter um time copeiro. No melhor ano de suas conquistas, foi um time aguerrido, comprometido com a instituição. Não vejo outra forma de sucesso. É isso que a gente vai fazer. O torcedor pode esperar um time muito competitivo. O futebol moderno está muito equilibrado. Precisamos resgatar essa intensidade, agressividade e entrega em campo. Qualidade técnica já temos.

Questionado sobre D'Alessandro, com o qual discutiu em 2010, como técnico do São José-RS, chamando-o de "juvenil", Argel deixou as mágoas no passado. Afirmou que, agora, o argentino terá alguém para protegê-lo.

- O D'Ale é um jogador de confiança minha. Gosto do estilo, como homem, como caráter e jogar. A gente era meio parecido nesse estilo quando jogador. A diferença é que ele é argentino. Eu conto com o D'Ale, é diferenciado. Não existe mais um camisa 10 como ele no futebol brasileiro. Ele é um jogador comprometido com a instituição. Sempre em cima do D'Ale há uma cobrança maior, ele se expõe mais. Chegou um comandante agora para blindar ele, proteger ele. Antes de baterem nele, vão ter que bater em mim. No tênis, você pega a raquete e joga, come a banana e nem olha para o treinador. No futebol, é coletivo.

Argel deixou claro as suas preferências táticas e filosofias de futebol. Descarta o rodízio e disse que o jogador precisa estar em atividade. Sobre esquema tático, chamou o usual de 4-2-3-1 de sistema faceiro e diz que prefere o clássico 4-4-2 dos anos 1990.

- Não sou adepto ao rodízio, o jogador é preparado para jogar. Temos um grupo experiente, mesclado com a garotada. Dou atenção a eles, porque também já fui um garoto, quando o Ênio Andrade me colocou a jogar. Vamos fazer uma coisa bem simples. E é difícil ser simples o futebol. Ou é oito ou 80. O mais importante é ter um time definido. O torcedor tem que ter na ponta da língua o time do Inter. Não gosto de invenção, de testar - explicou. - O sistema que eu gosto é um 4-4-2 normal, com dois volantes, dois meias, um velocista e um atacante de referência. Com todos atrás da linha da bola para você ter uma disciplina. Não gosto de começar o 4-2-3-1, é meio faceiro demais. O 4-4-2 é mais equilibrado. 

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